segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Fim de Ano - 2007

Hoje encerra-se mais uma ano de percurso,

nesta caminhada terrena para o Reino do Pai.

Perdão e Misericórdia, Senhor, para as nossas infidelidades, o nosso egoísmo, as nossas ambições desprezíveis, os moinhos de vento contra os quais fomos lutando, num ano que devia ser todo de louvor, de doação, de testemunho da Tua Luz e Salvação. Reúne, Ó Pai, sob o cajado tranquilizador de Teu Filho, eterno Pastor do Teu rebanho, as ovelhas tresmalhadas que nos confiaste, para que sintam quanto é bom viver na comunhão do aprisco divino, onde haverá um só rebanho e um só Pastor. Que o Espírito nos guie, a todos, neste novo ano que amanhã começa, e nos conduza, pobres e fracos que somos, pelas veredas refrescantes do Teu Amor. Louvado sejas, Criador do Universo! Louvado sejas!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Natal de Jesus

Natal é Festa, é Paz, Alegria;

Natal é Vida, é Amor, é Luz.

Mas ninguém tem Natal sem Maria;

E ninguém tem Natal sem Jesus.

Há luzes por todo lado em festa;

Há música, suaves canções;

Não há alegria como esta...

Mas estão fechados os corações.

Faz, Menino, que este mundo, agora,

Volte a procurar-Te num curral;

Porque anda perdido, a toda a hora,

Sem ver o Teu rosto em seu Natal.

Só na humilde gruta de Belém,

Te encontram, no meio da pobreza,

Para nos dares o supremo bem

Do perdão do Pai, nossa riqueza.

Deixa que uma réstia de luz

Aqueça as almas em orfandade,

E volta a nascer, meu bom Jesus,

No coração desta Humanidade!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Um Conto de Natal

O Menino fugia, dos «invasores»...

Há dias, tive um sonho bastante esquisito:

Aproveitava este solzinho de inverno, que tão bem sabe, especialmente quando o frio se faz sentir mais agreste, para fazer uma caminhada – coisa que gosto imenso de praticar. Levava comigo um destino, que do sonho me não ficou memória, mas nem por isso tinha escolhido o caminho mais perto para chegar até ele. Assim, dei umas tantas voltas por este nosso burgo. De facto, é a pé que prestamos mais atenção ao que nos rodeia: apreciamos a Natureza, cruzamos com pessoas amigas, e, às vezes, pomos em dia as nossas tagarelices.

O sonho parecia mesmo realidade... E assim fui reparando que, em quase todas os edifícios, havia uns macaquinhos à «benfica» empoleirados nos beirais das janelas, subindo, ou descendo, pelas grades das varandas, ou, até, rodeando as chaminés das casas. Fiquei perplexo. Tive mesmo a sensação de que tudo aquilo materializava uma invasão... Uma praga de alienígenas clonáveis a infestar o país, ou qualquer virose deixada por cá por tantos estrangeiros que aqui tinham vindo recentemente, da Europa e da África, a debater, mais uma vez, assuntos desde sempre debatidos e que nunca chegam a lado nenhum, apesar das cimeiras realizadas – que, ao menos, sempre constituem motivo para umas jantaradas e fotografias de família... (Repito que o sonho parecia realidade...)

Eis senão quando, deparo com uma criancinha, nuinha, a gatinhar, furtivamente, ao dobrar de uma esquina. Compadeci-me do menino, e debrucei-me em jeito de nele pegar ao colo. O menino, de tenra idade, estava aterrorizado de medo. Já falava... E muito baixinho, disse-me:

- Esconde-me! Não me leves de novo para o meu lugar, que eles querem matar-me.

E eu perguntei:

- Mas eles, quem?

Quase sussurrando, retorquiu:

- Esses bonecos de vermelho com um saco às costas.

- E quem são eles – questionei eu.

- Os «paisnatais» - respondeu a criança, com o dedo no nariz, como que a

pedir silêncio.

- E donde vieram? – indaguei.

- Do frio! Eles vieram do frio, lá do Norte...

Então, quis eu saber:

- E tu, onde estavas? Quem és?

- Eu estava num presépio, desses das montras... Sou o Menino Jesus.

Ora, no meu sonho, tinha eu passado ao longo da rua, e, na verdade, verificara com agrado que em várias montras das lojas dos Carvalhos havia um presépio montado, alguns, mesmo, muito giros. Mas não reparara se todos tinham o Menino nas palhinhas, ou se algum faltava...

O sonho afigurava-se-me de tal realidade, que eu não via naquele menino um «boneco», mas sim um menino de carne e osso. Seria uma visão? Começava a ficar com a minha cabeça já um pouco encortiçada... Até que perguntei:

- Mas escondo-te onde? Onde queres que te acolha, para não seres morto pelos «paisnatais»?...

A criança, já mais contente e confiante, posta assim face à minha abertura... respondeu prontamente:

- No teu coração. Acolhe-me no teu coração, se o tens ainda bem quentinho... Se ainda não o deixaste enregelar por esses «vermelhuços» que me querem expulsar do coração dos homens, e, o que é mais grave, do coração das crianças... como Eu!

Quando ia a pegar no miúdo, para o meter dentro do meu peito... acordei. E fiquei sem saber se tinha, realmente, acolhido... o «Menino Jesus», fugido de um presépio, com medo da invasão dos «paisnatais...

Já bem desperto, veio-me prontamente à memória as palavras de Cristo, no Evangelho:

«Quem não receber o reino de Deus como uma criancinha, não entrará nele» (Mc 10, 16).

E meditei:

Na verdade, o menino do sonho, encontrado, fugidio e aterrorizado, ao dobrar de uma esquina, tinha razão... Essa febre de «paisnatais» assaltantes que por aí anda está a matar... os «Meninos» dos presépios.

E sem estes... nunca haverá Natal!

V. S.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

NATAL 2007

Natal é Paz na humanidade em guerra;

É Luz que brilha e rasga a noite escura.

Natal é choro de criança pura;

É dom de Deus que nossa alma encerra.

Natal é sorriso de amor de Mãe;

É olhar de Pai complacente e bom.

Natal... é sentir quente o coração,

Em tudo aquilo que o mal não tem.

As portas se fecharam p’ra nascer

O Salvador do Mundo, em Belém.

Numa gruta se foram acolher

Maria e José, vindos de além...

Correm pastores, vão lestos receber

Um Rei, Menino-Deus, que à Terra vem!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Natal 2007

Há dois mil anos, nasceu

Em Belém (terra sofrida...),

Um Taumaturgo judeu...

Que morreu por nossa Vida

(Terceiro dia contado,

Madalena anunciou:

- Já não está sepultado,

É vivo! Ressuscitou!)

De profissão, carpinteiro;

Vida feita em Nazaré;

Proclamou pelo Mundo inteiro

Sua Palavra, nossa Fé.

Sua Mãe, Virgem Maria!

Em Seu rosto, olhar de Luz!

Deus connosco... Assim seria

Emanuel, e Jesus.

De José, seu protector,

Recebeu educação.

É nosso Rei e Senhor,

Filho de Deus, nosso Irmão.

Glória ao Pai nos altos céus!

Paz aos homens de bondade!

Veio a Salvação, de Deus,

Para toda a Humanidade.