quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Não foras Tu, ó Mãe...

Deixa-me descansar no teu regaço,

Ó Mãe extremosa, em quem confio.

Deixa que te ofereça as minhas penas,

Os meus anseios e desgostos,

As minhas esperanças e desalentos...

Quanta solidão, por vezes, me reserva

O mundo agitado dos meus dias!

Não foras Tu, ó Mãe,

A quem iria?...

Para quê, tanta agitação sem Norte,

Tanta canseira e trabalho?...

Arrastam-me por caminhos e veredas,

Exigem de mim forças que não tenho.

Esperam confiantes

Proveito de seus anelos,

Como se em meu peito morasse

A felicidade que buscam... no vazio!...

Não foras Tu, ó Mãe...

A quem iria?...

Desfaleço, caio, levanto-me.

Galgam meus passos novamente a encosta

E cambaleio na berma do profundo.

Sinto medo.

Coragem que fenece...

Desisto e fujo.

Deixa-me descansar no teu regaço,

Ó Mãe extremosa,

Só em ti confio!

Não foras Tu, ó Mãe...

A quem iria?...

Buscar a Paz que me afaga,

O Amor que me tranquiliza,

A Esperança que me impele

Para a Fé de um amanhã em novo dia?!...

Deixa-me descansar no teu regaço.

Não foras Tu, ó Mãe...

Não foras Tu,

A quem iria?...

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