Deixa-me descansar no teu regaço,
Ó Mãe extremosa, em quem confio.
Deixa que te ofereça as minhas penas,
Os meus anseios e desgostos,
As minhas esperanças e desalentos...
Quanta solidão, por vezes, me reserva
O mundo agitado dos meus dias!
Não foras Tu, ó Mãe,
A quem iria?...
Para quê, tanta agitação sem Norte,
Tanta canseira e trabalho?...
Arrastam-me por caminhos e veredas,
Exigem de mim forças que não tenho.
Esperam confiantes
Proveito de seus anelos,
Como se em meu peito morasse
A felicidade que buscam... no vazio!...
Não foras Tu, ó Mãe...
A quem iria?...
Desfaleço, caio, levanto-me.
Galgam meus passos novamente a encosta
E cambaleio na berma do profundo.
Sinto medo.
Coragem que fenece...
Desisto e fujo.
Deixa-me descansar no teu regaço,
Ó Mãe extremosa,
Só em ti confio!
Não foras Tu, ó Mãe...
A quem iria?...
Buscar a Paz que me afaga,
O Amor que me tranquiliza,
A Esperança que me impele
Para a Fé de um amanhã em novo dia?!...
Deixa-me descansar no teu regaço.
Não foras Tu, ó Mãe...
Não foras Tu,
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