Aquele homem apareceu desfigurado... no «écran» da televisão.
Rosto queimado pelas neves eternas do Himalaia;
mãos enrodilhadas em ligaduras...
mas de alma rejubilante de alegria...
Tentara alcançar, cada vez mais alto, os cumes do Everest !
Etapa a etapa, de plataforma em plataforma,
cume após cume, o alpinista quase tinha perdido a vida.
Mas o que era a morte, diante da gloriosa vitoria que tanto almejara,
para aquele conquistador do “Tecto do Mundo”?
Toda uma vida esforçada na ânsia de subir!
Vale a pena viver, quando se alimenta na alma
o fascínio pelas alturas.
"- Mais alto e mais além!",
É lema de quem passa pelo mundo para deixar o nome nos anais da História.
E agora?!...
Aquele homem fora salvo de um acidente fatal
que lhe deixou marcas para a vida inteira.
Desesperado?
Não!
Feliz!
O médico dissera que ele iria ficar progressivamente menos feio.
Quanto às mãos,
Que o frio enregelante comera,
Não sabia bem o que lhes iria acontecer.
Apesar de tudo, aquele rosto negro e desfigurado...
conseguia sorrir, meu Deus!...
Senhor,
Dá a todos os homens da terra
o fascínio pelas alturas...
Dá-lhes força anímica bastante
para que acima de todos os Everests da vida,
ainda que desfigurados pela injustiça
e mutilados pela desesperança,
nesta sociedade de coração petrificado e frio,
busquem a satisfação suprema do Teu amor...
Plenamente acessível
nos cumes eternos do Teu Reino...
Mais alto... que o Everest !
1 comentário:
Lindo o teu poema, VS. Sim, sempre mais alto, sempre mais além...pois o caminho se faz caminhando e parar é cristalizar.
Beijinhos
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