Depois do assassínio de João Baptista, os seus discípulos foram em busca do corpo do profeta, dando-lhe sepultura. Então vieram ter com Jesus e contaram-lhe o que tinha sucedido.
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«Quando Jesus recebeu a notícia, retirou-se de barco e foi sozinho para um lugar isolado. Mas o povo, ao saber disso, saiu das povoações e seguiu-O por terra. Assim, quando Jesus desembarcou, viu uma multidão enorme. Sentiu-se comovido com aquela gente e curou todos os doentes que lá havia (Mt 14, 13)».
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As margens de um lago, mesmo que esse lago seja do tamanho do mar de Tiberíades, ou da Galileia; ainda que esse lago tenha a dimensão do oceano, são sempre apetecíveis lugares de repouso, de tranquilidade, de reflexão.
Quem não deu já consigo mesmo a pensar na vida, sentado nos rochedos da praia, a olhar para o mar, apreciando, na quietude do espírito, o movimento rotineiro e o som monocórdico do quebrar das ondas?!...
Foi nas margens do lago que o Mestre começou a chamar os seus discípulos.
Foi nas margens do lago que o Senhor acolheu e ensinou multidões que O procuravam, famintas da Palavra que salva.
Foi nas margens do lago que Jesus curou os que estavam doentes e alimentou os que O seguiam, fazendo render até sobrar o que era pouco e não chegava para todos.
Foi nas margens do lago que o Ressuscitado reencontrou, pela terceira vez, os Seus amigos predilectos, e consignou a Pedro a suprema missão de pastor de almas.
A vida é também um lago... Grande ou pequeno... De águas tranquilas ou de ondas alterosas... Onde o sol nasce, e o sol se põe... Mas sempre com as suas margens à espera de que nos sentemos a admirar o bulir das águas e o espelhar da luz, a escutar a voz da Criação, a reflectir nos seus mistérios de sabor divino, a perscrutar as riquezas insondáveis do Infinito.
As pessoas têm, hoje, dificuldade em encontrar o «Lago» da sua existência...
Procuram avidamente uma resposta para as suas angústias, uma solução para os seus problemas, uma réstia de esperança para os seus becos sem saída.
Têm ânsias do Além, mas contentam-se com aberrantes sucedâneos enganadores, pequenos deuses arquitectados à medida de cada gosto... Ídolos!
O homem actual tem necessidade de reencontrar as margens do seu próprio lago, do “Lago” da sua vida, e descobrir o Mestre da Galileia, sentado na borda do seu próprio barco...
...que será, então, de vitória, por mais agressivos que sejam os escolhos e os espinhos que surjam a dificultar o caminho.
1 comentário:
Se tem caro amigo!!!
Mas não temos esse "poder" ,apenas aquele(a) coração que deseja profundamente aceitar que Jesus é o único Salvador que nos enche a alma com a sua plenitude.
Saudades destas "pérolas"
Santo fim de semana :)
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